Excepcional guitarrista, flautista, tecladista, percussionista, arranjador e produtor aprendeu a cantar nos coros de igrejas da República do Congo e sua voz é hoje uma das principais representantes da alma africana, nos mais importantes festivais de música do mundo. O artista faz parte da "francofonia" - conjunto de países de língua francesa.
Nascido em Bukavu, na República Democrática do Congo, Kanza morou dois anos na Costa do Marfim, acompanhando a grande estrela da música do Zaire, La Reine Abeti. Em 1984 mudou-se para Paris, onde junto com seus colegas Ray Lema, Papa Wemba e Manu Dibango, integrava a comunidade musical africana na França. Seu primeiro grande concerto em Paris foi na abertura do show de Angélique Kidjo, no Olympia. Desde esta época ele se apresenta ao lado de seus parceiros Júlia Sarr, do Senegal, nos vocais, e seu próprio irmão Didi Ekukuan , no baixo, vocais e percussão.
Lokua gravou seu primeiro disco "Lokua Kanza", em 1992. Neste trabalho, o músico e cantor revelou seu universo de intensa luminosidade e de música tão cristalina quanto tecnicamente avançada. Seus acordes minimalistas e sua profunda doçura revelam uma arte de especial sensibilidade e de extrema sutileza e transparência. "Eu queria redescobrir a magia das noites que passei em Kinshasa, quando era criança", diz ele, que expressa nas canções a emoção dos ambientes nostálgicos, com seu clima etéreo e meditativo.
A partir de 1993 o trovador virou uma estrela. Na imprensa, os críticos confessavam estar fascinados, seduzidos, energizados por sua música. Lokua assinou contrato com a BMG e fez turnês pelo mundo. Cantou ao lado de Youssou N"Dour e Patrick Bruel, produziu gravações com seus amigos Papa Wemba e Geoffrey Oryema, no estúdio de Peter Gabriel, e gravou seu segundo disco, "Wapi Yo", repleto de melodias encantadoras e de vocais brilhantes. Entre os sucessos do CD estão as canções Shadow Dancer e Sallé. Seu terceiro CD não teve o mesmo sucesso, mas está sendo relançado pela Universal.
Depois disso, Kanza fez um retiro de três anos, saindo dos palcos, mas ainda continuando a compor bastante. De volta, trouxe a surpresa: seu "Toyebi Té", quarto CD, no qual canta em francês e em ingala, com um tom confidencial e discreta acústica, uma coletânea de baladas populares.
A fusão da música de Lokua Kanza acontece em dois universos: a África com suas canções e tradições e o ocidente com seus ritmos e harmonias. Seu CD é um hino à paz nas 18 faixas. Participam, além do rapper Passi, o guitarrista Sylvain Luc, os Mestres e Doutores da Percussão Komba Bellow e Greg Bondo, e as cordas da Orquestra Sinfônica da Bulgária. Outra boa notícia neste CD é a voz da filha de Kanza, Malaika e de um coro formado por seus quatro filhos. Segundo a crítica, esta é sua obra-prima.
sábado, 8 de dezembro de 2007
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